Tanto o filme como o livro do bairro que concebemos no Projeto 2 (P2) terminam com uma sensação de continuidade, de suspensão no ar de algo que ainda não está terminado. O livro finaliza com a palavra “interviremos”. O filme termina com uma nova ideia de mudança. 
   Assim, o Projeto 3 (P3) é, deste modo, o culminar de todo o trabalho desenvolvido durante este semestre. Agora, perante o que absorvemos do bairro, o quanto nos envolvemos, o quanto nos desagradou e o quando nos fascinou, foi-nos desafiada a elaboração de um plano bem definido e estruturado para uma intervenção no nosso bairro, uma marca nossa no lugar onde tanto vivemos nestes últimos meses. Um lugar com que criamos, sem dúvida, afinidade, proximidade. Por muito difícil que tenha sido conhecê-lo, o bairro está para sempre guardado na nossa memória. 
   Pensámos, trocámos reações, partilhámos sentimentos, juntámos ideias, debatemos opiniões relativas à vida do bairro… Do que mais tínhamos a certeza: o silêncio e a apatia, a passividade e o conformismo são uma realidade inegável. O Arco do Cego é um dormitório, a maioria das pessoas que o habitam saem de manhã para o trabalho e voltam à noite para jantar e dormir. Os adultos vivem lá mas apenas à noite, a sua vivência não se faz notar. O bairro para eles é apenas um lugar de passagem. Os idosos ficam em casa durante todo o dia, pouco saem à rua e quando saem deambulam silenciosamente sem fazer perceber a sua presença. 
   O único som que se ouve e se manifesta são as crianças na escola. Durante os dias de semana e principalmente nas horas de intervalos das aulas, os jovens são a voz que mais se faz ouvir no bairro.    No entanto, muitos deles nem são habitantes do Arco do Cego, alguns sim e alguns vêm apenas estudar. É um pouco irónico, de certo modo, que as pessoas que mais se manifestam no bairro nem são as que lá habitam mas sim as que lá passam a maior parte do seu dia. 
Perante esta realidade, queremos instalar algo que seja apelativo e chame a atenção de um bairro tão quieto, que chegue a todos os habitantes, mas ao mesmo tempo que não disturbe o seu bem estar. Pensámos portanto, em criar um canal de rádio do bairro, um objeto que vai ao encontro das pessoas, uma vez que as pessoas não parecem disponíveis para ir ao encontro de inovação e mudança. O nosso projeto consistirá então em investigar programações de diferentes estações de rádio e criar a nossa própria, adaptando este programa três grupos de habitantes a quem pretendemos chegar, idosos, adultos e crianças, tendo em atenção as horas do dia destinadas a cada um. Por exemplo, um programa de músicas  antigas destinado aos mais idosos poderá passar a meio da tarde, enquanto para as crianças passará ao final da tarde depois das aulas e para os adultos só ao fim do dia. O nosso canal de rádio não será certamente diário mas sim uma emissão de 1 a 3 dias que transmita aos moradores a falta de iniciativa que têm e lhes dê a conhecer as diferentes pessoas que habitam o bairro e não interagem umas com as outras. 

   Pretendemos ouvir e ser ouvidas, fazer ouvir, escutar, transmitir, dar a conhecer. A nossa programação seria transmitida por um carro de som instalado no bairro durante o(s) dia(s) de emissão. Para o nosso projeto iremos: estudar a população do Arco do Cego, perceber o que queremos destinar a cada grupo populacional, definir detalhadamente a programação do nosso canal de rádio, listar o material e equipamento necessário, perceber que autorizações precisamos para instalar o material adquirido, escolher de que modo queremos divulgar a nossa intervenção. Como é certo, à medida que vamos desenvolvendo o projeto, é natural que vão surgindo novas ideias. Assim, estaremos abertas a mudanças no percurso e a novas sugestões que possam aparecer.  
P3* - SINOPSE
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P3* - SINOPSE

Esta edição dupla do jornal de bairro Desassossegos Invisíveis apresenta aos seus leitores as ideias e a conceção de dois trabalhos: o livro do bairro - 100 inquietações e o filme do bairro - DOGMA 35. 
P.s. Tal como as ideias iniciais foram descartadas, fazendo agora só parte do processo para chegar ao trabalho final, as páginas que contém informação sobre essas mesmas ideias têm uma linha de picotado (ou vinco) para se arrancar essa folha e se ficar apenas com as ideias e informações do projeto finais.







DI #2+3
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DI #2+3


Um manual de normas gráficas serve para estabelecer regras de utilização dos logótipos (identidades visuais) de corporações, organizações e/ou, no nosso caso, de um grupo de trabalho com fins académicos. Isto é, sempre que uma entidade/um indivíduo pretenda utilizar a nossa identidade visual como identificação da nossa presença no que for, tem que se consciencializar das normas de utilização da mesma - que inclui todas as proibições, tamanho mínimo, margens de segurança e outras informações pertinentes para o seu desenho e aplicação.


Fica aqui a versão final do manual de normas gráficas da identidade visual do grupo trinta e cinco.




MANUAL DE NORMAS GRÁFICAS
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MANUAL DE NORMAS GRÁFICAS


O grupo trinta e cinco já tem mais redes sociais, sigam-nos!



trinta e cinco nas redes
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trinta e cinco nas redes


                     

                      

Aqui ficam dois "sneek peaks" do produto final que será o nosso filme do bairro, já com as reformulações todas feitas. 


EM BUSCA DE ESPAÇO PARA NÓS
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EM BUSCA DE ESPAÇO PARA NÓS