100 INQUIETAÇÕES | TEXTO DO LIVRO, POEMA
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100 INQUIETAÇÕES | TEXTO DO LIVRO, POEMA

Cheguei. Entrei.
Conheci. Descobri.
Deambulei.
Mergulhei.
Um bairro, o meu.
Vagueio pelas ruas,
Olho atenta
Verdades nuas, realidades cruas.
Contrastes acentuados,
Destinos cruzados.
O passado e o presente
De um lugar que me parece tão descontente.
Não se vê gente,
A vida adormeceu,
Estagnou, conformou-se.
Abandonou tudo o que era próprio seu:
Cor, dinamismo, alegria
Transformaram-se numa aldeia sombria.
Abandono e solidão
E ao mesmo tempo convívio e companhia.
O único senão:
O bairro perdeu a sua magia.
Olho o que me rodeia
E a minha alma algo mais anseia.
Penso para mim:
Não quero uma realidade assim.
Ambiciono, sonho.
Quero provocar, despertar.
Agitar, fazer pensar.
Quero mudar o que me incomoda.
Tudo e nada.
O que poderei fazer agora?

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